ABERTURA DO MERCADO DE TÁXIS É O VILÃO DA VEZ PARA QUEM POSSUI AUTONOMIA E VIVE DO TÁXI

Sei que muitos sequer ouviram a palavra ou tampouco sabem o que ela significa, neoliberalismo.

Na postagem anterior, expliquei o que é e como funciona de forma detalhada, vou colocar o link para quem quiser saber um pouco mais: http://andredotaxi.blogspot.com.br/2015/03/sobre-troca-de-carros-liberacao-de.html

Abrir o mercado, essa é a melhor tradução para o que tenho a dizer; é o significado da palavra. 

Quem comenta sobre táxis nas redes sociais, já deve ter ouvido um tal de Paulo Silva, da OTB- ordem dos taxistas do Brasil, organização não formal e que só temos conhecimento de um único membro, o Paulo Silva. 

Quando ele chama (e ataca) o sistema e o denomina de MERCANTIL ESCRAVOCRATA, muitos os chamam de louco, mas por talvez ele não ser capaz de explicar, não se faz ser compreendido. 

O sistema mercantil escravocrata,nada mais é do que o sistema capitalista, em que os que possuem o $$$$ din-din, controlam os meios de produção. 

Que meios de produção? O táxi. 

Quando o valor agregado e atribuído a uma autonomia se eleva, cria-se uma restrição de acesso a esse meio, deixando a classe trabalhadora, à mercê da vontade do investidor. Começa um desiquilibrio na balança, e as pessoas começam a buscar alternativas de subsistência. 

Outro fato não está sendo notado. O mercado de corridas de  táxis, movimenta bilhões de Reais no Brasil e no mundo. 

Empresas como o Uber e outras Car services, já descobriram isso, e estão buscando o seu quinhão. 

Sair do táxi e pular para o Uber não resolve, porque eles não estão focados em aumentar a renda do trabalhador, mas em cobrar seus 20% de comissão sobre os valores das corridas. 

A conta, é assim que se faz:   Temos 33 mil táxis, cada um com uma média de R$ 300,00 por dia com 15 corridas cada um. Isso dá um total de quase R$ 10.000.000,00 de Reais por dia!

Agora de R$ 10 milhões, aplique os 20% que vai chegar em um faturamento para a empresa concorrente de R$ 2 milhões por dia. 

Mas para ela, não importa se terá 33 mil carros, 40, 50 ou 60.000 carros, o que importa é ela atingir a meta de pegar uma fatia dos R$ 10 milhões que circulam todos os dias. 

Quem paga 200 mil num táxi, o faz de olho nesse mercado, ele quer retirar sua fatia das ruas, seja através de diárias ou ele mesmo dirigindo. 

O problema é que agora sem precisar investir R$ 200.000,00, ele também consegue retirar parte dessa fatia, e somente terá de dividir (pagar 20%) com a empresa de tecnologia que lhe facilita a vida. 

O sistema provavelmente entrará em colapso. O termômetro é quando você perceber que está trabalhando mais horas para ganhar o mesmo valor. 

Não vai demorar muito, eles vão cutucar para travar tudo de novo, só que agora as pessoas não irão esperar, poderão ir trabalhar com eles, reflitam...

Por isso eu chamo, vamos nos unir!