terça-feira, 30 de dezembro de 2014

OPINE SOBRE O AUMENTO DA TARIFA DE POUCO MAIS DE 5% - EM QUE BASE CIENTÍFICA DEBATEMOS O AUMENTO DA TARIFA?

O pouco com Deus é muito, diz o provérbio popular.

1) Em que base debatemos o aumento da tarifa de táxis, qual metodologia aplicamos?

2) Qual foi a "campanha salarial" que fizemos em 2014?

3) Quem te representa?

Saber responder a essas três perguntas, pode fazer a diferença no próximo aumento, que aliás só irá existir com certeza, graças ao trabalho de muita gente em cima do tão mal-falado código disciplinar.

Alíás, antes de defendê-lo, perceba que só retruca dele, aqueles que desconhecem o DECRETO - E 3858 de 05 de maio de 1970, que regia o sistema de táxis anteriormente ao publicado em 2013.

Para responder a primeira pergunta, vou dar uma dica, eles usam uma planilha de custos, que no decreto anterior, era baseada num Fuska 1966. Agora, eu não sei (ainda não descobri) qual é o modelo de carro que utilizaram para fazer a planilha, pois os custos de um Corsa Classic, é bem diferente de um SPIN, concorda?

Para responder a segunda pergunta, temos que adiantar a terceira. É na representatividade que está a chave da mudança, ter coragem de eleger e cobrar os resultados. Hoje no modelo que vivemos, uma minoria é associada ao sindicato, uma parcela é agregada a uma cooperativa, outros são ligados a aplicativos e a maioria está no "Deus dará".

Fazer uma campanha salarial, significa desenvolver estudos científicos, com base sólida e metodologia para se fazer o bom debate.

Para desenvolver estudos desse tipo, precisamos ter dinheiro, pessoal capacitado técnico e motoristas disposto a servir de amostragem.

Como podemos dizer se o aumento foi razoável ou não. Como podemos comparar com São Paulo que depois de 04 anos, teve um pouco mais de 6% e nós um pouco menos do mesmo índice?

Você sabia que Brasília ficou mais de 10 anos sem aumento? Que lá tinha a tarifa mais alta do Brasil e só vieram ter aumento agora de 2013 para 2014?

Existem outros fatores a serem considerados na hora de pedir um aumento. A bandeirada carioca, sempre foi uma das maiores, e com esse aumento de R$ 4,80 para R$ 5,20, manteve o seu patamar.

Já o KM rodado, normalmente está listado num dos mais baratos do país, as vezes perde apenas para Maceio/AL e Campos/RJ.

Durante alguns anos, aumentar a bandeirada significou aumentar o salário de presidentes e diretores de cooperativas, pois não havia interesse em aumentar o KM e compensavam na bandeirada inicial. Hoje o cenário é outro.

É preciso avaliar ainda, o quanto pode afastar passageiros dos nossos carros, e empurrá-los à concorrência desleal nesse momento.

Em minha opinião, a bandeira deveria ter subido apenas R$ 0,10 e o KM na bandeira I para R$ 2,20 (no mínimo) e da bandeira II para R$ 2,64, contra os R$ 2,04 e R$ 2,46 respectivos.

Fazer estudo de quantas corridas se faz ao dia, calcular a média da quilometragem de cada trajeto, calcular as horas paradas no trânsito e saber qual a taxa de ocupação (quanto tempo o táxi roda vazio ou cheio), precisam ser apurados antes de dizer se um aumento foi pouco ou muito.

Não precisa ser economista para entender que temos uma grande defasagem.

No ano de 2015, vamos fazer diferente. Fortaleça sua associação ou sindicato, crie organismos sérios com pessoas competentes, se não conhecer nenhum deles, fica a dica, vá até a AAMOTAB, na Rua Nicarágua, 354 - Penha, tem um grupo de pessoas sérias trabalhando por lá, nossa mensalidade é de apenas R$ 20,00, mas se cada um ajudar, teremos recursos para trabalhar.

Já está na hora do taxista crescer e admitir que com os R$ 10,00 que ele paga por ano de sindicato, que só fica com 60 % da arrecadação menos os custos de expedição bancárias, ele nunca terá a representatividade que almeja.

Uma categoria que não consegue eleger um presidente do seu sindicato, que não tem nada, tem que dar graças a Deus que a partir desse ano, terá pelo menos um aumento anual com base em um indicador economico como o IGP-M ou similar.

Desculpem a franqueza, mas já passou da hora de ficarmos de amadorismo e buscarmos o caminho do profissionalismo.

Tá cheio de lideranças por aí, mas não vejo boa-vontade de sentar numa mesa redonda e debater idéias com embasamento.

Se tiver informações como essas que passei acima, guarda para sí como um trunfo de vantagem.

Na AAMOTAB, tem vaga de tesoureiro, se você é daqueles que já fez as contas, o cargo está aberto, mas tem que se associar...

QUEM TE REPRESENTA? RESPONDE AÍ!


Caros colegas, faço essas perguntas e peço que apareçam pessoas para debater no mesmo nível, que coloque seus conhecimentos à prova. Se for apenas para xingar a mãe do prefeito ou falar besteiras, é melhor ficar quieto.

Lembre-se de que esse espaço é para debate de idéias, e podemos usá-los para analisar o índice de satisfação ou não de um grupo de colegas com cerca de 6.000 profissionais que costumam acessar esta página.


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